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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

Mais uma vez, Al Gore – YES WE CAN!

 

(Francisco Ferreira e Ana Rita Antunes, Quercus em Poznan com AlGore)

 

Já se tornou uma presença habitual nas Conferências das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Depois de uma conversa com o Presidente eleito dos EUA há dois dias sobre o tema das alterações climáticas, foi agora a vez de Poznan. Eram uma e um quarto na segunda maior sala de plenário quando AlGore subiu ao palco apresentado pelo secretário-executivo da Conferência, Yvo de Boer, recebendo um forte aplauso de pé de uma sala completamente cheia.
Começou por mencionar os impactes actuais e cada vez mais generalizados das alterações climáticas no mundo (desertificação, degelo dos glaciares, salinização do mediterrâneo e aumento de furacões). Falou da luta entre o medo e dúvida e pessimismo. “Podemos negociar país a país mas não podemos negociar a verdade das milhões de toneladas de CO2 que enviamos todos os dias para a atmosfera”.
Reconheceu que a recessão global torna o desafio mais difícil no combate às alterações climáticas, mas que através das energias renováveis, da eficiência energética referindo a reabilitação de casas, podemos criar emprego e atingir os objectivos.
Mencionou o esforço da Europa mas dedicou particular atenção e elogiou a China, que disse estar cada vez mais preparada para enfrentar o desafio climático. Falou nos países em desenvolvimento em geral, referindo porém o caso particular do Brasil e do plano ambicioso que propôs para reduzir a desflorestação da Amazónia.
E depois os Estados Unidos: a California, a população americana, as cidades americanas e a conversa dele com Barack Obama e a linha política que o Presidente eleito tem vindo a reafirmar. Após um ano da sua presença em Bali, AlGore diz que com um novo Presidente a mudança vai ser difícil mas vai ter lugar. A crise climática exige um esforço principal de mitigação, mas a componente de adaptação é vital.
Usou grandes líderes mundiais como Gandhi e Luther King Jr. para exortar que é possível a humanidade enfrentar os desafios que têm surgido ao longo do tempo. “Temos de pôr as pessoas de todo o mundo à frente da política”
AlGore, recebendo um forte aplauso, mencionou que a meta de 450 ppm (partes por milhão) de concentração de dióxido de carbono na atmosfera deve ser mais optimista e ser de apenas 350 ppm. “It can be done! It must be done!

Um novo acordo final tem mesmo de ser terminado até Copenhaga porque as alterações climáticas põe em causa a sobrevivência das espécies. “É errado para esta geração arruinar o futuro das próximas gerações” porque tal é uma obrigação moral. É fundamental que os líderes de muitos países se encontrem as vezes que forem necessárias para chegar a esse acordo.

 

E terminou dizendo no meio de aplausos e com toda a sala de pé: “YES WE CAN!”
publicado por editor às 13:45
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Terça-feira, 9 de Dezembro de 2008

Quercus apela à rejeição do pacote UE sobre energia-clima

 

 
(Francisco Ferreira, Quercus em Poznan)
 
A legislação da União Europeia sobre partilha da acção da contra as alterações climáticas entre os diferentes países é de momento tão inadequada face à escala do desafio climático que as organizações não governamentais europeias defendem que o Parlamento Europeu a deve rejeitar.
Até à próxima sexta-feira, os governos europeus devem decidir a sua resposta às alterações climáticas para os próximos doze anos – o pacote europeu sobre energia e clima.
A proposta para partilhar as reduções de emissões de gases com efeito de estufa no pós-2012 também conhecida como “Esforço de Partilha” é uma das chaves determinantes para a Europa lidar contra as alterações climáticas. Ela fixa metas de redução para os sectores não abrangidos pelo comércio de emissões (entre indústrias) tais como a agricultura, transportes, residencial e serviços, representando 55% das emissões. Porém, esta proposta que tem vindo a ser delineada pelos ministros da União Europeia tem vindo a baixar a fasquia demasiado baixa:
  • A proposta, de momento, não apresenta um compromisso legal e obrigatório de redução de 30% para 2020 em relação a 1990, a redução que os líderes europeus prometeram há 20 meses atrás.
  • Por outro lado, cerca de dois terços do esforço de redução não será sequer feito na Europa mas através dos denominados créditos externos, recorrendo a mecanismos actualmente previstos no Protocolo de Quioto e que deverão continuar a ser válidos, abandonando os incentivos necessários para contrariar o continuado uso de combustíveis fósseis e promover a criação de empregos verdes numa economia europeia de baixo carbono.
  • Em terceiro lugar, a proposta não contém nenhum mecanismo credível de cumprimento (por exemplo, multas), para assegurar que os Estados-membros atinjam a meta definida.
  • Por último, a proposta não inclui valores concretos de financiamento para ajudar os países em desenvolvimento para se adaptarem à mudança climática e também para reduzirem as suas emissões.
Esta partes proposta da União Europeia sobre energia-clima são uma farsa por serem totalmente inadequadas ao nível de ambição necessário para lidar com a alterações climática e constituem um mau exemplo para os parceiros internacionais actualmente reunidos aqui em Poznan nas conversações das Nações Unidas.
Os eurodeputados já mostraram que percebem e sabem o que querem da Europa. Assim, a Quercus e as demais organizações não governamentais de ambiente europeias, apelam a que o Parlamento Europeu rejeite estas propostas dos Primeiros-Ministros europeus, a não ser que haja uma significativa melhoria durante o resto desta semana do conteúdo do pacote energia-clima. A credibilidade internacional da Europa está em jogo.
publicado por editor às 15:28
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