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Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2008

A contagem decrescente para a conferência de Copenhaga

publicado por editor às 21:18
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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

Mais uma vez, Al Gore – YES WE CAN!

 

(Francisco Ferreira e Ana Rita Antunes, Quercus em Poznan com AlGore)

 

Já se tornou uma presença habitual nas Conferências das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Depois de uma conversa com o Presidente eleito dos EUA há dois dias sobre o tema das alterações climáticas, foi agora a vez de Poznan. Eram uma e um quarto na segunda maior sala de plenário quando AlGore subiu ao palco apresentado pelo secretário-executivo da Conferência, Yvo de Boer, recebendo um forte aplauso de pé de uma sala completamente cheia.
Começou por mencionar os impactes actuais e cada vez mais generalizados das alterações climáticas no mundo (desertificação, degelo dos glaciares, salinização do mediterrâneo e aumento de furacões). Falou da luta entre o medo e dúvida e pessimismo. “Podemos negociar país a país mas não podemos negociar a verdade das milhões de toneladas de CO2 que enviamos todos os dias para a atmosfera”.
Reconheceu que a recessão global torna o desafio mais difícil no combate às alterações climáticas, mas que através das energias renováveis, da eficiência energética referindo a reabilitação de casas, podemos criar emprego e atingir os objectivos.
Mencionou o esforço da Europa mas dedicou particular atenção e elogiou a China, que disse estar cada vez mais preparada para enfrentar o desafio climático. Falou nos países em desenvolvimento em geral, referindo porém o caso particular do Brasil e do plano ambicioso que propôs para reduzir a desflorestação da Amazónia.
E depois os Estados Unidos: a California, a população americana, as cidades americanas e a conversa dele com Barack Obama e a linha política que o Presidente eleito tem vindo a reafirmar. Após um ano da sua presença em Bali, AlGore diz que com um novo Presidente a mudança vai ser difícil mas vai ter lugar. A crise climática exige um esforço principal de mitigação, mas a componente de adaptação é vital.
Usou grandes líderes mundiais como Gandhi e Luther King Jr. para exortar que é possível a humanidade enfrentar os desafios que têm surgido ao longo do tempo. “Temos de pôr as pessoas de todo o mundo à frente da política”
AlGore, recebendo um forte aplauso, mencionou que a meta de 450 ppm (partes por milhão) de concentração de dióxido de carbono na atmosfera deve ser mais optimista e ser de apenas 350 ppm. “It can be done! It must be done!

Um novo acordo final tem mesmo de ser terminado até Copenhaga porque as alterações climáticas põe em causa a sobrevivência das espécies. “É errado para esta geração arruinar o futuro das próximas gerações” porque tal é uma obrigação moral. É fundamental que os líderes de muitos países se encontrem as vezes que forem necessárias para chegar a esse acordo.

 

E terminou dizendo no meio de aplausos e com toda a sala de pé: “YES WE CAN!”
publicado por editor às 13:45
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Uma cimeira para desatar o nó do clima

O secretário-geral das Nações Unidas marcou para setembro de 2009 um encontro de chefes de Estado e de Governo para resolver o impasse nas negociações climáticas.

Durante uma conferência de imprensa, esta quinta-feira, em Poznan, na Polónia, o secretário geral das nações unidas convocou uma cimeira que vai coincidir com a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

 

Ban Ki-moon confessou estar preocupado com o impasse negocial desta conferência que deveria abrir caminho para a revisão do protocolo de Quioto mas isso não está a acontecer, daí que o secretário-geral das Nações Unidas tenha resolvido dar um impulso.

 

Esta reunião extrordinária vai ainda ser discutida entre todos os estados membros da ONU mas não é a primeira vez que o secretário-geral resolve fazer um cimeira do clima. O ano passado também foi assim que avançou a conferência de Bali e é isso que Ban Ki-moon espera que aconteça em relação à reunião de Copenhaga, a cidade onde se espera que seja assinado o novo protocolo de combate às alterações climáticas que envolva todos os países do mundo, isto porque nas palavras de Ban Ki-moon “o relógio não para”.

 

As emissões estão a subir e é preciso vontade politica para se conseguir um entendimento no próximo ano” e por outro lado, “a crise financeira não pode ser usada como desculpa” para não fazer nada, disse Ban Ki-moon aos jornalistas.

publicado por editor às 00:11
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Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008

“O mundo está a olhar para nós: não podemos falhar”

 

(Francisco Ferrera, Quercus em Poznan)

 

As palavras do título são do início do discurso do Secretário-Geral das Nações Unidas BAN Ki-moon na abertura do segmento ministerial (também chamado de alto-nível), em que falou da importância decisiva de todo o mundo combater e lidar com as alterações climáticas. Mencionando estarmos a viver duas crises: a crise económica e a crise climática, alertou para o facto da resolução da crise climática ser decisiva para ultrapassarmos a crise económica, se enfrentarmos o desafio do clima como uma oportunidade. Falou igualmente do facto de um investimento num “futuro verde” ser gerador de emprego e ser algo necessário para assegurarmos uma melhor qualidade de vida para as próximas gerações. Apelou ainda à liderança de todos, em particular da Europa, que se tem mostrado reticente (em termos de entendimento no que respeita ao pacote energia-clima hoje em discussão no Conselho Europeu), mas também dos Estados Unidos da América. Referiu exemplos de como as energias renováveis são vitais para o futuro.
Por último, afirmou que o próximo ano será o ano do clima, e que em Poznan é fundamental ultrapassar três desafios: a aprovação de um plano detalhado até Copenhaga (onde se pretende que se chegue a acordo para depois do primeiro período de cumprimento do Protocolo de Quioto, isto é, entre 2013 e 2020), o delinear de uma visão de médio e longo prazo, com metas para os países industrializados e um crescimento mais amigo do ambiente por parte dos países em desenvolvimento. Nesta visão há aspectos fundamentais como a adaptação, a transferência de tecnologia. Em terceiro lugar é necessário um comprometimento de todo os países para com a urgência das alterações climáticas e que requer nada mais, nada menos, do que liderança.
Esperemos que assim seja!
publicado por editor às 12:25
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Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2008

E agora, as negociações…

 

(Francisco Ferreira, Quercus em Poznan)

 

Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção para as Alterações Climáticas, já começou (em nossa opinião mal) a arrefecer os ânimos para uma negociação que deverá terminar em Copenhaga em Dezembro de 2009, afirmando que serão necessárias mais uma ou duas reuniões das Partes (entenda-se, países da Convenção) para se chegar a um acordo sobre o pós-2012. É um facto que o ambiente morno desta Conferência não tem ajudado (apesar de estar bem mais confortável que os perto de zero graus lá fora). Mas vamos às novidades área a área. Para os menos habituados ao processo, consultem por favor uma mensagem do blog já em arquivo e publicada a 1 de Dezembro para se elucidarem sobre as diferentes reuniões / processos que aqui em Poznan estão a decorrer sob o chapéu da 14ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.
De Poznan deverão sair três decisões: um texto do grupo de trabalho ad-hoc criado em Bali sobre as acções de cooperação de longo prazo, na prática sobre o conteúdo do esperado futuro acordo de Copenhaga, e dois textos do grupo de trabalho ad-hoc sobre o Protocolo de Quioto.
O primeiro texto está já finalizado para apreciação votação no segmento de alto-nível, é relativamente geral, e aponta para um processo negocial que deve prosseguir em Março de 2009, e ser efectivamente detalhado em reuniões que já estão agendadas para Junho, Agosto e Setembro/Outubro, rumo a Copenhaga. Fala-se de esforços comparados na mitigação, necessidade de adaptação, e ainda, de acordo com o Roteiro de Bali, de formas de medir, reportar e verificar os compromissos de mitigação, financiamento, transferência de tecnologia e capacitação na Convenção.
No que respeita ao segundo texto as decisões estão mais complicadas: no que respeita ao estabelecimento de compromissos de redução de emissões para o total dos países desenvolvidos e para cada um em particular a linguagem é de momento considerada fraca e não melhorou em termos de ambição em relação ao definido em Bali; por outro lado, na chamada revisão do artigo 9º do Protocolo de Quioto , onde o objectivo é que se expanda os 2% de receitas para o Fundo de Adaptação revertidas através dos projectos de mecanismo de desenvolvimento limpo também ao mecanismo de implementação conjunta, também não há acordo, sendo que os valores necessários para o referido Fundo de acordo com as condições actuais são claramente insuficientes para gerar as receitas necessárias.
Noutras áreas, em particular na revisão do mecanismo de desenvolvimento limpo, que tem sido muito questionado por não estar a admitir projectos com qualidade e considerados adicionais nos países em desenvolvimento em áreas como as energias renováveis e outras de forma a compensarem as emissões dos países com metas de redução, fala-se que talvez ainda haja alguma possibilidade (embora remota) de algum progresso nestas negociações aqui em Poznan.
Para terminar, para além das decisões anteriormente referidas, há também umas conclusões da Presidência da Conferência (elaboradas pelo Presidente que é o Ministro do Ambiente Polaco), sintetizando os aspectos principais abordados e decididos na reunião, mas até ao momento não se sabe se existirá ou não tal documento.
Amanhã começa o denominado segmento de alto-nível, com discussão dos textos aprovados ou ainda em aberto pelos Ministros do Ambiente que hoje estão a chegar. Mais ainda, muitos dos países farão um discurso em plenário, estando agendado, de acordo com o programa para sexta-feira à tarde, dia 12, o discurso de Portugal, a ser proferido pelo Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.
Amanhã há também uma importante reflexão durante a tarde na forma de um debate / mesa redonda com todos os Ministros sob o tema “uma visão partilhada” para uma acção de longo prazo no combate às alterações climáticas, no fundo, sobre o acordo pós-2012 que se perspectiva.

 

publicado por editor às 19:52
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