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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

Balanço de uma Conferência desanimadora, rumo a um acordo indispensável em Copenhaga

 

(Francisco Ferreira e Ana Rita Antunes, Quercus de saída de Poznan)

 

A 14ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas que teve lugar em Poznan, na Polónia, desde 1 de Dezembro, está praticamente a terminar e é desde já possível fazer um balanço.
 
Foi uma reunião que envolveu muita gente, sempre muito ocupada em negociações, mas para não se atingir praticamente nada. Portanto, uma reunião desanimadora. No longo caminho para um acordo pós-2012 para Copenhaga, os delegados definitivamente não estavam com vontade de produzir. Se não houver vontade política, o objectivo delineado em Bali e reforçado pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, por AlGore, por cientistas do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas e por muitos Ministros de alguns países, não será atingido. Nas últimas horas, o pacote energia-clima não é, no entender das associações de ambiente, adequado na luta climática para o longo prazo.
A conferência em grande parte serviu para decidir uma agenda / plano de trabalhos carregada de reuniões durante o próximo ano a começar em Março, a começar por dois grupos de trabalho importantes. O primeiro, o grupo de trabalho ad-hoc criado em Bali sobre as acções de cooperação de longo prazo, que trabalha na prática sobre o conteúdo do esperado futuro acordo de Copenhaga, e que envolve todos os países que têm acento na Convenção. O segundo, o grupo de trabalho ad-hoc sobre o Protocolo de Quioto, que inclui o estabelecimento de compromissos de redução de emissões para o total dos países desenvolvidos e para cada um em particular, para o período 2013-2020, e que envolve apenas os países que ratificaram o Protocolo de Quioto.
 
Numa análise por temas, o principal bloco negocial do Plano de Acção delineado de Bali, a “visão partilhada”, a conferência reiterou o princípio da necessidade de manter o aquecimento global a um nível inferior a 2 graus centígrados em relação à era pré-industrial. No que respeita aos compromissos de redução de emissões, o texto final continua praticamente igual à conferência do ano passado em Bali. Quanto à mitigação, curiosamente alguns países em desenvolvimento apresentaram já exemplos de acções em curso. Na adaptação, houve algum progresso no funcionamento do denominado Fundo de Adaptação, mas as verbas continuarão por agora a chegar de forma voluntária. A expansão do financiamento para adaptação a partir de dinheiros com origem noutros modos, que não apenas o mecanismo de desenvolvimento limpo, de acordo com o previsto no Protocolo de Quioto, não mereceu por agora acordo. Também no que respeita à transferência de recursos para os países em desenvolvimento, muita conversa mas nenhum comprometimento, bem com em relação à transferência de tecnologia.
 
No que respeita ao uso do solo e mudanças de uso do solo e florestas (LULUCF, da sigla em inglês), a negociação só será efectivamente começada em Março de 2009. Quanto a um dossier considerado prioritário, a redução de emissões associadas à desflorestação e degradação florestal (REDD, da sigla em inglês), os países estão ainda muito longe de saber como lidar com esta temática e, por exemplo, os direitos dos povos indígenas, foram retirados do texto sobre esta área. No mecanismo de desenvolvimento limpo, que é consensual necessitar de uma revisão, imensos itens em agenda, mas pouco progresso e tudo remetido para o próximo ano.
 
Resumindo, é preciso acreditar num acordo para Copenhaga, mas a este ritmo e com o estusiasmo desta conferência, Dezembro de 2009 está a ficar demasiado próximo.

 

publicado por editor às 21:28
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Políticos portugueses em Poznan

 

(Francisco Ferreira e Ana Rita Antunes, Quercus em Poznan)

 

Na foto, e apesar dos agasalhos não ajudarem na identificação, falta o Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, mas figuram a única eurodeputada portuguesa que esteve em Poznan e que está na Comissão Temporária do Parlamento Europeu sobre Alterações Climáticas, Elisa Ferreira, os deputados da Assembleia da República Rui Vieira e Vitalino Canas do Partido Socialista e António Preto do Partido Social Democrata e o Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa. Como a política não significa necessariamente um cargo político, também estou na foto, e só não está a Ana Rita Antunes, também da Quercus, porque tirou a foto.

 

publicado por editor às 17:10
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Segunda-feira, 8 de Dezembro de 2008

Faltam 6 dias para terminar conf. de Poznan

 

 

publicado por editor às 18:12
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Da festa de sábado ao balanço de domingo...

 
Ana Rita Antunes (Quercus em Poznan)
 
Ontem, domingo de manhã, descansou-se… As instalações onde se realiza a Conferência estavam mesmo fechadas. Impunha-se uma pausa depois da já tradicional festa das organizações não governamentais de ambiente no sábado à noite. Não se pense que é uma festa de ambientalistas… no TUBA Club em Poznan, foram centenas os participantes de delegações de todos os países e até de um anterior secretário executivo da Convenção confraternizarem, numa oportunidade diferente para nas mesas dos bares ou nas áreas de dança se falar sobre alterações climáticas (ou provavelmente também de outros assuntos) num bom clima, apesar de um pouco ruidoso.
 
Ontem, já com todos recuperados, houve durante toda a tarde a reunião habitual das associações de ambiente efectuando um balanço da primeira semana de negociações (na foto) e acima de tudo perspectivando os dias cruciais que se avizinham já com os ministros do ambiente presentes. São dezenas as ONGAs aqui presentes! Os activistas esses, são mesmo centenas (com uma predominância óbvia de europeus que de comboio aqui chegam rapidamente – excepção aos portugueses, nessa longínqua terra a Oeste).
O balanço do que até agora se passou (ou melhor, não passou), não é positivo. Mas temos a semana decisiva de negociações pela frente!
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publicado por editor às 18:11
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Domingo, 7 de Dezembro de 2008

O impasse continua

Enquanto em poznan se avançam com novos estudo e relatórios, noutra cidade da polónia, em Gdansk, o presidente em exercicio da união europeia tentou avançar com o pacote de energia e clima da Europa.

 

Nicolas Sarkozy esteve reunido, com 9 estados membros, todos novos parceiros europeus e todos da Europa de leste e todos recusam o pacote de energia e clima que propôem uma redução de 20% das emissões de gases de efeito de estufa em 2020, em relação aos valores de 1990.

 

Mas o que divide os estados membros e deve marcar a próximo conselho europeu tem a ver com as quotas de créditos de carbono. A Alemanha quer que 10% destas quotas estejam ligadas ao produto interno bruto de cada estado, mas a Polónia quer 20%.

 

Agora Sarkoy tem que conciliar posições até quinta-feira. Para já vai falar com a chanceler alemã e depois com o primeiro-ministro inglês.

publicado por editor às 01:36
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