
(Francisco Ferreira em Poznan)
A CCS (Carbon Capture and Storage) captura e armazenamento de carbon, é uma das grandes esperanças para evitar as emissões de dióxido de carbono recorrendo a tecnologias que permitem retirar o carbono antes dele ser emitido para a atmosfera quando da queima de combustíveis fósseis, nomeadamente no caso do uso do carvão utilizado na produção de electricidade. Depois de removido o carbono, a ideia é armazená-lo com garantias de que não volta à atmosfera, processo que pode ser efectuado em determinadas minas ou por injecção a grande profundidade. Por agora, o processo é muito consumidor de energia e portanto pouco eficiente e não está salvaguardada a segurança de que o armazenamento é garantido à escala do tempo geológico. Espera-se que lá para 2020 possa vir a ser economicamente viável. As reticências dos ambientalistas em relação à CCS prende-se com o facto de se poderem estar a mobilizar muitos recursos financeiros para estudar e avaliar esta solução, quando investimentos em investigação e desenvolvimento de energias renováveis poderão ser mais sustentáveis e duráveis. Esta tecnologia aqui em Poznan também continua em discussão porque não há acordo se ela deverá ser desde já considerada no âmbito do mecanismo de desenvolvimento limpo (tendo pelo menos a oposição dos países pequenas ilhas e do Brasil). A Quercus porém descobriu num local perto da conferência que os polacos afinal já têm a tecnologia disponível para as suas muito poluidoras centrais a carvão que querem isentar do leilão de licenças de emissões no comércio europeu de emissões que poderá marcar as novas regras pós-2012. É só mesmo atravessar a rua e comprá-la…