(Francisco Ferrera, Quercus em Poznan)
As palavras do título são do início do discurso do Secretário-Geral das Nações Unidas BAN Ki-moon na abertura do segmento ministerial (também chamado de alto-nível), em que falou da importância decisiva de todo o mundo combater e lidar com as alterações climáticas. Mencionando estarmos a viver duas crises: a crise económica e a crise climática, alertou para o facto da resolução da crise climática ser decisiva para ultrapassarmos a crise económica, se enfrentarmos o desafio do clima como uma oportunidade. Falou igualmente do facto de um investimento num “futuro verde” ser gerador de emprego e ser algo necessário para assegurarmos uma melhor qualidade de vida para as próximas gerações. Apelou ainda à liderança de todos, em particular da Europa, que se tem mostrado reticente (em termos de entendimento no que respeita ao pacote energia-clima hoje em discussão no Conselho Europeu), mas também dos Estados Unidos da América. Referiu exemplos de como as energias renováveis são vitais para o futuro.
Por último, afirmou que o próximo ano será o ano do clima, e que em Poznan é fundamental ultrapassar três desafios: a aprovação de um plano detalhado até Copenhaga (onde se pretende que se chegue a acordo para depois do primeiro período de cumprimento do Protocolo de Quioto, isto é, entre 2013 e 2020), o delinear de uma visão de médio e longo prazo, com metas para os países industrializados e um crescimento mais amigo do ambiente por parte dos países em desenvolvimento. Nesta visão há aspectos fundamentais como a adaptação, a transferência de tecnologia. Em terceiro lugar é necessário um comprometimento de todo os países para com a urgência das alterações climáticas e que requer nada mais, nada menos, do que liderança.
Esperemos que assim seja!