Na conferência de Poznan, um dos pontos que já se revelou fundamental para o sucesso passa pela redução de emissões associadas à desflorestação e degradação da floresta (REDD, da sigla em inglês).
Em 2005, um conjunto de países em desenvolvimento propôs incorporar a prevenção da desflorestação como mecanismo do Protocolo de Quioto, em parte dentro do comércio de emissões. Este mecanismo permitiria ao países em desenvolvimento vender as emissões resultantes da conservação da floresta aos países desenvolvidos (do Anexo I), que têm metas de redução a cumprir.
Esta questão ganhou importância desde que o Plano de Acção de Bali incluiu o REDD como mecanismo de mitigação para os países em desenvolvimento a ser contemplado num acordo pós-2012.
O REDD está a ser discutido ao nível do SBSTA (Órgão Subsidiário de Apoio Técnico e Científico) para fazer recomendações sobre a metodologia que deverá ser seguida neste mecanismo. No entanto, alguns países consideram ser necessário mais progresso ao nível político para ser possível detalhar o processo de implementação do REDD.
Para assegurar uma participação o mais alargada possível no REDD, é necessário que este mecanismo seja capaz de tomar em conta as diferentes circunstâncias nacionais de países com grandes áreas florestais, desde a Índia às Ilhas Tuvalu. Promover a capacitação dos países em desenvolvimento é fundamental, pois a desflorestação, em particular nos países menos desenvolvidos, está frequentemente associada a governos fracos, corrupção e desrespeito pelos povos indígenas.